quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PIETÁ DE MICHELANGELO DI LODOVICO BUONARROTI SIMONI

MAIARA TAUANE LEAL




Michelangelo foi escultor, arquiteto e poeta italiano. Nasceu em Caprese, Itália, em 6 de março de 1475 e morreu em Roma, em 18 de fevereiro de 1564.
Em 1488, entra para a academia do pintor Ghirlandaio, em Florença. Gênio criador, mestre de sua geração e um talento de renome universal, é considerado o mais ilustre representante do movimento Renascença Italiana. Era filho de Ludovico di Lionardo Buonarroti Simoni e Francesca di Neri di Miniato del Sera. Aos seis anos, ficou órfão de mãe e foi entregue aos cuidados de uma ama-de-leite, cujo marido era cortador de mármore, o que despertou nele a vocação de escultor. Entretanto, seu pai, de uma família da aristocracia florentina, nunca aceitou a inclinação do filho pelas artes, chegando a espancá-lo ao encontrar desenhos em seus cadernos.
Mesmo assim, persistente, aos 13 anos, Michelangelo ingressou na oficina do pintor Domenico Ghirlandaio, onde permaneceu por um ano. Depois foi para a escola de escultura do rico banqueiro e mecenas, Lorenzo de Medici. Sua primeira obra produzida na escola foi "O Combate dos Centauros", um baixo-relevo de tema mitológico.Após a morte de Lorenzo, em 1492, Michelangelo deixou a cidade e fixou-se em Bolonha onde permaneceu por quatro anos. Esculpiu o "Cupido Adormecido" e, em 1496, a convite do cardeal San Giorgio, que havia adquirido a obra, foi morar em Roma. Sob a influência da cultura greco-romana fez duas obras de motivos pagãos, "Baco Bêbado" e "Adônis Morrendo", na mesma época em que fez a cristã e comovente "Pietà". Talvez a mais conhecida escultura feita por Michelangelo.


Em 21 de setembro de 1498 o cardeal francês Jean Bilhéres de Lagraulas encomendou a Miguelangelo uma imagem da virgem para a Capela dos Reis de França, para a antiga Basílica de São Pedro. Michelangelo encontrou então a solução ideal para um problema que preocupava os escultores do Primeiro Renascimento: a colocação do Corpo de Jesus Cristo morto no regaço de Maria. Para isso alterou as proporções: o Cristo é menor que a Virgem, que é para dar a impressão de não esmagar a Mãe e mostrar que é seu Filho, para não “sair” do esquema triangular. A Virgem Maria foi representada muito jovem e com uma nobre resignação: a expressão dolorosa do rosto é idealizada, contrastando com a angústia que tradicionalmente os artistas lhe imprimiam. Torna-se assim evidente a influência do “pathos” dos clássicos gregos. E o autor imaginou a juventude de Maria, objeções que erguem contra ele seus críticos, como sua expressão de sua pureza incorruptível.


“ A mão direita da Madona, que sustenta com força o corpo inerte, tem os dedos abertos, evidenciando as costelas de Cristo. O braço direito deste, por sua vez, aponta para o achado, e o braço esquerdo com as mãos voltadas para o céu, orando por Cristo. Por fim a pista mais eloqüente : a faixa em que Michelangelo esculpiu o próprio nome passa por cima da estrutura anatômica.[...] O achado esta contido em uma forma triangular na porção inferior da escultura. Um dos lados desse triangulo é formado pelo dorso, a região glútea e a coxa direita de Jesus. A panturrilha e o pé direito deste compõe o segundo lado. O terceiro é constituído por uma linha sobre o manto da virgem, um pouco arqueada, que começa nos pés de Cristo e se eleva até a extremidade esquerda da estatua. Nesse “triângulo” encontra-se a representação frontal do hemitórax direito. [...]” (por BARRETO; OLIVEIRA).


Michelangelo achava que entre todas as artes, a mais próxima de Deus era a escultura. Deus havia criado a vida a partir do barro, e o escultor libertava a beleza da pedra. Segundo ele, sua técnica consistia em ‘libertar a figura do mármore que a aprisiona’. E enquanto outros escultores adicionavam pedaços de mármore para disfarçar seus erros, Michelangelo fazia suas esculturas num bloco único e “PIETÁ” foi reconhecida como obra-prima desde o primeiro dia que foi exposta.


Muita gente não acreditava que alguém jovem pudesse realizar um trabalho tão fino e delicado, com uma técnica tão aprimorada. Até que entra um peregrino na igreja e afirma que a escultura era de um artista lombardo, Christoforo Solari. Michelangelo irado, na mesma noite, esculpe na faixa da roupa da Virgem: “Michelangelo Buonarroti, Florentino, Fez isto”.


O artista depois se arrependeu do seu gesto, e prometeu que nunca mais assinaria um trabalho com suas mãos.




Um comentário:

  1. MAIARA
    PARA SER ARTIGO É PRECISO SER ESCRITO COM AS SUAS PALAVRAS, TER A SUA OPINIÃO E CITAR AS FONTES.

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